- 21 de julho de 2020
Confira dicas para manter os hackers longe da sua empresa e evitar prejuízos
Com o isolamento social imposto pela pandemia do novo coronavírus, a maioria das pessoas passou a realizar todas as suas atividades em casa. Estudos, compras, movimentações bancárias, lazer e trabalho foram transferidos para o ambiente virtual. Essa mudança repentina de comportamento fez com que o uso da internet subisse drasticamente no período. De acordo com dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o uso da internet cresceu entre 40% e 50% desde o início da pandemia no país.
Com mais pessoas conectadas a redes e equipamentos domésticos, os registros de crimes cibernéticos tiveram um verdadeiro boom. Entre março e abril, o número de ataques virtuais no Brasil apresentou um crescimento de mais de 80%, subindo de 14 mil para 105 mil. No mundo empresarial, esse tipo de golpe teve um incremento de incríveis 148% no mesmo período, segundo a empresa de software e segurança VMWare Carbon Black.
Tipos de golpe
Além do aumento do uso da internet, a vulnerabilidade emocional também é um prato cheio para os criminosos, uma vez que se aproveitam de pessoas temerosas que buscam soluções para enfrentar os desafios da pandemia. O número de e-mails com algum tipo de malwares ou phishing é assustador, chegando a bater 18 milhões por dia em abril, segundo levantamento do Google. Malwares ou vírus são arquivos que visam causar danos. Já o phishing é uma forma criminosa de obter informações pessoais como senhas, por exemplo.
Uma das formas mais comuns de golpe é a utilização de sites falsos para roubar dados ou infectar máquinas. Durante a pandemia, antes mesmo do início do cadastramento para receber o auxílio emergencial, hackers criaram páginas falsas prometendo a ajuda financeira com intuitos maliciosos. Para enganar os internautas, os criminosos utilizam elementos visuais idênticos ou muito parecidos aos de entidades oficiais.
O envio de mensagens falsas também está entre as maneiras mais populares de praticar ataques virtuais. Via SMS ou WhatsApp, os hackers enviam um texto atrativo incentivando a pessoa a clicar em um link ou baixar um arquivo infectado. Como muitas empresas liberaram serviços gratuitos durante a quarentena, os criminosos se aproveitaram dessa situação para enganar os usuários. Um exemplo é a mensagem que circulou no WhatsApp divulgando a liberação da Netflix por um mês. O texto vinha acompanhado de um link que direcionava o leitor para uma página falsa, na qual era incentivado a digitar seus dados pessoais.
Dicas de segurança
O aumento do uso da internet e a adoção do home office devem implicar também em mais medidas de proteção para evitar fraudes e ataques, como entrada de vírus, acessos indevidos e roubo de informações sigilosas. Do ponto de vista corporativo, há uma série de ações que podem ser colocadas em prática por companhias de todos os portes. Confira algumas:
– Realize campanhas educacionais para engajar os colaboradores nas políticas de segurança da empresa. Oriente sobre a importância de não acessar sites suspeitos, não clicar em links de procedência duvidosa e não compartilhar informações sigilosas;
– Invista em tecnologias que proporcionem segurança mesmo em acessos remotos;
– Antivírus, firewall, sistemas e senhas devem sempre ser atualizados. Conte com uma equipe ou um parceiro que avalie as ferramentas de segurança constantemente, sugerindo atualizações, uma vez que as ameaças se sofisticam com muita velocidade;
– Aposte na criptografia para a proteção de dados sigilosos e faça backups regulares;
– Mesmo com o home office, incentive o uso de dispositivos fornecidos pela companhia. Já que equipamentos pessoais costumam oferecer menos proteção.
Soluções integradas
Ataques cibernéticos podem trazer grandes prejuízos para uma empresa. Por isso, a preocupação com a segurança deve ser constante. Como não existe uma solução única capaz de conferir 100% de proteção contra esses ataques, o ideal é apostar em uma boa inteligência de TI para criar e gerenciar uma estratégia completa que blinde sua empresa contra fraudes.